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Animais abandonados também têm aumentado em Vizela
21 Agosto de 2018 - por Ângela Fernandes
Município já recolheu em oito meses mais animais abandonados do quem em todo o ano de 2017.
Na última semana, a Ordem dos Veterinários alertou para o aumento de animais abandonados e realojados em centros de recolha. Segundo dos dados avançados na Comunicação Social, em 2017 registou-se um aumento de 22% no número de animais abandonados, face ao ano anterior, sendo que, este ano, já foram recolhidos 14 mil animais.
Contactada pela Rádio Vizela, Vânia Guimarães, do setor do Ambiente da Câmara Municipal de Vizela (CMV), deu conta de que em 2017 foram recolhidos no concelho 70 animais, que posteriormente foram entregues ao Centro de Recolha Oficial (CRO) de Guimarães, com um custo de 2830 euros para o Município vizelense. Este ano, até meados de agosto, já foram recolhidos 83 animais abandonados em Vizela, dos quais 70 foram já entregues ao CRO de Guimarães e 13 estão no canil provisório criado pela Câmara de Vizela, enquanto aguardam vaga no canil vimaranense.
Contactado também pela Rádio Vizela, João Ferreira, presidente da Mesa da Assembleia Geral da Coração Azul – Associação Juvenil de Apoio aos Animais, não se mostra surpreendido com os números quando questionado pela Rádio Vizela: “São números que não nos apanham desprevenidos. Isto vai ao encontro daquilo que vamos sentindo no terreno. Apesar das leis mais rígidas e das orientações nacionais para que se adotem medidas de sensibilização e de controlo populacional dos animais, vemos que ainda há um trabalho árduo para que este aumento do abando dos animais deixe de existir”.
João Ferreira salienta que a associação continua “a receber diariamente – e os meses de julho e agosto são os piores meses – pedidos de apoio”. Para o responsável, “é preciso dar continuidade” ao trabalho que a associação tem vindo a desenvolver. “No próximo mês queríamos fazer uma campanha de chipagem de animais, gratuita, mas há uma série de taxas e nós para conseguir dar à população [este serviço gratuito] ainda temos que pagar taxas”. “A lei é assim”, lamentou João Ferreira.
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